Para celebrar o mês de conscientização do câncer de mama, o setor de Radioterapia do Hospital Unimed Bauru preparou uma recepção especial para os pacientes nesta segunda-feira, dia 17: uma mesa com cupcakes, flores e suculentas. "O câncer de mama é o tipo de tumor que mais tratamos aqui na Radioterapia, representando 35% dos casos, e sabemos o quanto é importante diagnosticar a doença no estágio inicial! Quanto mais cedo iniciamos o tratamento, maior a chance de sucesso!", destaca a médica assistente do setor, Tatiana Taba Fuzisaki Nakandakare.

A grande maioria dos pacientes que passou pelo setor segunda-feira estava vestindo rosa. A cor foi sugerida pela médica para fazer alusão ao Outubro Rosa, movimento internacional de alerta sobre o câncer de mama, criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. A data, celebrada anualmente, tem o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença.

Após realizar a sessão, os atendidos receberam um cupcake e um vaso de flor ou suculenta de presente. Muitos aproveitaram para tirar fotos e conversar sobre o diagnóstico. Como, por exemplo, Sueli Rossetto de Albuquerque. Ela está prestes a finalizar o tratamento radioterápico.

Ao receber o seu vasinho de flor durante o evento, ela salientou o quanto foi importante ter um diagnóstico precoce da doença. “Descobri por acaso. Por causa da pandemia, eu deixei de fazer a mamografia anual. Mas, em agosto de 2021, ao levar meu filho em uma consulta, o médico falou sobre fazer o autoexame. Percebi um pequeno nódulo e procurei um especialista, que acabou diagnosticando a doença. Ele disse que estava no início e que seria mais fácil para tratar. Fiz cirurgia para retirada do tumor, depois a químio e agora estou finalizando a rádio, muito confiante na vitória”, salientou.

O Hospital Unimed Bauru oferece tratamento químio e radioterápico para essa neoplasia, além da cirurgia de mastectomia. A radioterapia é indicada para pacientes após uma cirurgia conservadora de mama ou, em alguns casos, após mastectomia (quando se retira completamente a glândula).

“O papel da radioterapia no câncer de mama é diminuir a chance de recorrência local, com impacto na sobrevida da paciente e no controle da doença”, explica a médica.

Ela salienta que os antigos tratamentos eram temidos devido aos efeitos colaterais, mas atualmente eles estão mais amenos. “Hoje, além da melhora tecnológica dos equipamentos de radioterapia, existem no mercado nacional linhas oncológicas de cremes hidratantes apropriados para os pacientes e também corticoterapia (mometasona), que tem evidência científica na diminuição das radiodermites”, explica Tatiana.

A visão de trabalho multidisciplinar também contribui para bons resultados em termos de diminuição de toxicidades. “Após a atuação da equipe de enfermagem na orientação teórica e prática em como usar o creme e a extensão correta de seu uso, houve melhora nos resultados de incidência de radiodermite grau 2 no nosso setor (de 10% para 1% nos últimos 3 anos).”

O cuidado multiprofissional também se estende para necessidades na área da psicologia, nutrição e reabilitação oncológica.

O período de tratamento também está mais curto. “É o chamado hipofracionamento, ou seja, aumentamos um pouco de dose por dia e diminuímos a necessidade de muitas vindas ao setor. Antes, o tratamento era prescrito com 25 a 33 sessões. Hoje, 75% das pacientes recebem entre 15 a 18 aplicações de radioterapia, com a mesma eficácia”, frisa.