Pronto Atendimento: 80% dos casos poderiam ser atendidos com consultas agendadas
Quem já foi a um Pronto Atendimento (PA) certamente se deparou com um cartaz da Classificação de Risco, fixado logo na recepção. Esse informativo é baseado em protocolos internacionais, levando em consideração os sintomas e relatos dos pacientes. Tem como objetivo organizar as prioridades de atendimento, já que o PA recebe diariamente pacientes com as mais variadas demandas.
O que determina o ranking do atendimento é o tipo de sintomas informado pelo paciente. "Muitos procuram o PA pela conveniência do atendimento 24 horas. Pesquisas demonstram que cerca de 80% dos pacientes que buscam o Pronto Atendimento não estão em situação de emergência e os casos apresentados por eles poderiam ser resolvidos nos consultórios médicos ou por teleconsultas.", explica o diretor superintendente do Hospital Unimed Bauru, Roberson Antequera Moron.
O protocolo utiliza cinco cores: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul. Cada uma representa um grau de gravidade e identifica o tempo previsto em que a pessoa deverá ser atendida. Se for considerado como emergência (vermelho), o paciente é atendido imediatamente. Se for laranja, o atendimento precisa ser rápido; no caso de amarelo, o tempo de espera é de cerca de 30 minutos. Já ser for verde, o paciente irá aguardar a demanda dos casos mais urgentes e será atendido quando possível, o que pode levar algumas horas. Por último, se a classificação do paciente é azul, não há previsão para ser atendido. "É muito importante entender que essa Classificação de Risco tem como objetivo agilizar o atendimento de quem realmente necessita de socorro rápido. O Pronto Atendimento tem o propósito de cuidar de pacientes em situações de emergência ou quando a procura de outros serviços de saúde não é possível. Casos de menor gravidade podem e devem ser agendados nos consultórios médicos e no Centro de Diagnóstico Unimed - CDU", explica Moron.
A Classificação de Risco deixa claro que uma vítima de um acidente de trânsito ou de complicações cardíacas terá prioridade sobre um paciente em estado gripal, por conta do risco de morte envolvido. Em algumas épocas, como no inverno, por epidemias ou doenças sazonais, ocorre aumento no tempo de espera para o atendimento gerando ansiedade para os pacientes e para a equipe de saúde.
A grande variação na demanda dificulta o dimensionamento de equipes, o que implica em maior tempo de espera para os pacientes que não estão em condições graves. "Ressaltamos que, embora nossa escala esteja dimensionada para atender ao fluxo estimado, podemos ter intercorrências (as quais terão prioridade). O PA não é local adequado para solução de doenças crônicas, solicitação de atestados médicos, troca ou renovação de receitas controladas, troca de pedidos de exames, realização de check-up, troca de sondas, encaminhamento a especialistas ou consultas de rotina. Essas demandas causam lotação, prejudicam o atendimento de emergências e devem ser resolvidos nas unidades de atendimento eletivo", salienta Moron.
"O objetivo não é excluir, mas agilizar o atendimento dos casos realmente graves. Estamos aqui de portas abertas para atender a todos e é isto que nós fazemos, inclusive atendendo, em alguns dias, mais que o dobro da nossa capacidade. Se os pacientes menos graves se conscientizarem e começarem a buscar outros meios onde podem ser também muito bem acolhidos, todos ganham com um atendimento mais ágil e de melhor qualidade", finalizou o diretor do HUB.
O cliente do Plano de Saúde Unimed tem à disposição em Bauru, para consultas de urgência e emergência, o Hospital Unimed Bauru e o Hospital Beneficência Portuguesa de Bauru.
O Hospital Unimed Bauru (HUB) possui duas unidades de Pronto Atendimento (PA) 24 horas: Adulto e Infantil. O PA Adulto tem médicos plantonistas para urgência e emergência nas especialidades de Clínica Médica, Ortopedia e Ginecologia-Obstetrícia. O PA Infantil presta atendimento para casos de urgência e emergência em Pediatria.